segunda-feira, 6 de abril de 2020

PORQUÊ UM DEUS DE AMOR MATOU TANTOS SERES INOCENTES NO DILÚVIO?

Como solicitado da vez passada, eis aqui o prometido. Não fui muito profundo no assunto, procurei resumir o pensamento mas contudo ser claro e objectivo.

Qualquer dúvida, só deixar nos comentários que eu explico. Críticas são sempre bem-vindas, já que por meio dela crescemos e amadurecemos, mas desde que sejam feitas com respeito. Desejo uma boa leitura.

Deus sussurra em nossos ouvidos por meio de nosso prazer, fala-nos mediante nossa consciência, mas clama em alta voz por intermédio de nossa dor; este é seu megafone para despertar o homem surdo. C. S. Lewis

O problema do mal tem sido a objecção mais forte que Teístas Cristãos têm enfrentado. Não é deficícil notar isso, basta olharmos ao nosso redor e deixar os acontecimentos mundiais tocar nossa alma para que clamemos: “PORQUÊ DEUS"?

As explicações para isso têm variado. Basta ler Gardon Clarke “O Problema do Mal Resolvido" e William Lane Craig “Apologética Para Questões Difíceis da Vida" para ver quão variadas são as explicações para as calamidades que ocorrem no universo, assim como para a existência do mal moral. Aqui, irei me limitar à questão do Dilúvio.

Embora Deus seja Soberano sobre a vida conforme Ezequiel 18.4 “Eis que todas as Almas (pessoas) são minhas", Ele nunca mata arbitrariamente. O verso citado continua: “a alma (pessoa) que pecar, essa morrerá". Bem daqui já podemos perceber como Deus age.

Deus sempre tem um motivo para matar, e esses motivos nunca vão fugir esses dois focos:

1-Juízo: quando Deus pune a humanidade pelo pecado

2-Bem maior: Quando Deus usa o sofrimento para alcansar um bem maior.

No caso do Dilúvio, aplica-se os dois casos. Lemos em Génesis 6.5: O SENHOR viu que a maldade humana foi ficando cada vez pior, e que a imaginação e os pensamentos dos seres humanos os levavam unicamente para o mal.

Ora, Ora, não é preciso criar suicídio intelectual, está claro que Deus estava no direito de matar toda aquela gente, pois a sua santidade e justiça determina que “a alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18.4) e que “o salário pago pelo é pecado é a morte" (Rm 3.23), o que significa que Deus matou as pessoas no Dilúvio por terem pecado.

E AS CRIANÇAS? 

Aqui a pergunta é um pouco mais complicada de responder, visto que as crianças seriam os supostos inocentes, sem capacidade cognitiva de decidir entre o bem e o mal. Vamos então realçar alguns pontos sobre isso.

a) São os adultos que moldam as gerações futuras. “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele". (Pv 22.6) É aqui onde notamos o valor da educação. Por mais que haja pessoas mui rebeldes, a educação torna-se sempre mui necessária para moldar as gerações futuras. O quê que lemos sobre os adultos em Gn 6.5? Que suas imaginações e pensamentos só íam para um caminho, o MAL. Isso nos faz perceber que muitas crianças da época de Noé já estavam moldadas de forma malignas, de tal modo que se Deus deixasse elas viver, seria seria permitir que a maldade inimaginável que existia como potencialidade naquelas crianças se atualizasse. o caso das crianças do colo...

b) Quando Deus mata uma criança sem capacidade cognitiva de decisão, ele está na verdade estendendo sua graça à ela. Deus usou o mal (calamidade) para alcançar um bem maior, a salvação daquelas crianças do colo, pois os méritos de Cristo na cruz são atribuidas à elas. Sobre isso, Lewis disse: “A salvação de uma única alma é mais importante do que a produção ou preservação de todas as epopeias e tragédias do mundo".

E OS ANIMAIS?

C. S. Lewis disse que “Toda falha moral causará problemas, provavelmente para os outros, certamente para você." E foi isso que ocorreu. Os animais não são seres moralmente responsáveis, eles estavam sob o domínio do homem. Isso significa que qualquer atitude moral que o tomasse, iria ter efeito sobre eles. Assim como a segunda lei da termodinâmica no universo, assim também é o pecado. O pecado causa entropia, desordem, involução e morte. A medida que ele aumenta, tudo vai degradando. Por isso Paulo disse: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora." (Rm 8.22).

QUÊ BEM MAIOR DEUS ALCANÇOU COM O DILÚVIO?

1-Mostrou mais uma vez sua imparcialidade ante ao pecado;

2-Deixou evidencias à favor das escrituras como é o caso de fósseis de baleias nos montes, o que torna cada vez mais indesculpável todo aquele que o rejeita, demonstrando assim a veracidade das Escrituras sobre a narrativa do Dilúvio;

3-Diminuiu a intensidade do pecado, já que se as pessoas do tempo de Noé não fossem mortas, o pecado estaria em maior a quantidade hoje;
4-Estendeu sua graça sobre muitas crianças, já que as mesmas, sendo mortas sem poder decidir entre bem e mal foram salvas mediante a aplicação dos benefícios de Cristo na cruz;

5-Reiniciou a história da humanidade.

Concluindo, Deus não deixa de ser amor quando pune a humanidade pelos pecados, ele está apenas sendo justo como qualquer um deseja que haja justiça. Do mesmo jeito que exiges que o homem que matou sua esposa e comeu o cérebro da mesma com arroz seja punido, assim também, a santidade de Deus exige a morte pelo pecado. E, nós notamos que ele continua amando e sendo amor pelo simples facto de que ele dá a solução para o problema. Embora sejamos pecadores e perdidos, ele nos amou e deu seu Filho não levando em conta os tempos da ignorância e convida toda a humanidade à ter um relacionamento salvífico com Ele por meio de seu Filho.

Romanos 5.8: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores".
JESUS te ama! 💖

sexta-feira, 3 de abril de 2020

UMA RESPOSTA AOS NOVOS ATEUS SOBRE A CIÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM AS ESCRITURAS

Pergunta: Tu compreendes que o método científico é o aceito como o único método capaz de prover respostas honestas, que são verificáveis e comprováveis. Se usas a ciência deves concordar comigo? E mais, uma vez que a evolução ocorreu, a fábula Bíblica da criação está refutada.

RESPONDENDO


1 - O CIENTIFICISMO COMETE FALÁCIA

Bem, discordo da sua primeira assercção, pois todo filósofo da ciência sabe que ela cai em uma falácia lógica conhecida como falácia de petição de princípio. Teu erro será de apegares apenas à ciência quando a mesma é subordinada à Filosofia. Já mostrei no texto passado que a ciência vem alterando sempre suas afirmações. O que hoje é verdade lá, amanhã pode não ser.

Owen Flanagan, filósofo e neurobiologista ateu, deu alguns exemplos de como o cientificismo é falso, mencionando, como exemplo, a arte e a música:

 “Considere a arte e a música. É, evidentemente, loucura dizer que as obras de Michelangelo, Da Vinci, Van Gogh, Cezanne, Picasso, Mozart, Chopin, Schönberg, Ellington, Coltrane, Dylan ou Nirvana poderiam ser expressas cientificamente. Presumindo algo como o melhor cenário para a ciência, poderíamos querer dizer que produções artísticas e musicais podem ser analisadas nos termos de suas manifestações físicas – pintura em termos de química e geometria e música em termos de ondas sonoras e relações matemáticas (...) Não há nada remotamente estranho a respeito desses tipos de investigação científica da arte e da música, ou dos próprios processos criativos. Mas, embora tal investigação tome a produção artística e musical como algo a ser explicado, ela não toma a produção em si como expressando algo que possa ser declarado cientificamente (...) O ponto simples e óbvio é que nem tudo que vale a pena expressar pode ou deve ser expresso cientificamente. O cientificismo é descritiva e normativamente falso”[1]

E como nos informou Lucas Banzoli em sua obra “Deus É Um Delírio?”, O cientista Ian Hutchinson, doutor em engenharia e ciência nuclear, escreveu um livro inteiro refutando o cientificismo, chamado “Monopolizing Knowledge” [2]. Em uma entrevista, ele também refutou a crendice neo-ateísta de que a ciência se opõe à religião e conflita com esta:

“O cientificismo é uma crença muito espalhada e errônea de que a ciência é o conhecimento real de tudo o que existe, e que qualquer coisa que não possa ser compreendida pela ciência não conta como conhecimento (...) A ciência é diferente não só da religião mas também da história, de análises políticas, de sociologia ou de jurisprudência. Nenhuma dessas coisas são ciências e mesmo assim têm seu conhecimento real”[3]

Além do mais, em um debate que ocorreu em entre o Filósofo Cristão William Lane Craig e o Químico ateu Piter Atkins, o ateu tentou o usar o cientificismo contra o Teísmo Cristão. Craig, sendo veterano em debate, dá uma aula que ele nunca esqueceu até que morreu. O diálogo foi assim:

Atkins – Não há necessidade de um Deus, porque a ciência pode explicar tudo... a ciência é onipotente! (...) Tudo no mundo pode ser explicado sem precisarmos invocar um Deus. Você precisa aceitar que essa é uma visão possível a se tomar sobre o mundo. Você nega que a ciência possa explicar tudo?

Craig – Sim, eu nego...

Atkins – Então, o que ela não explica?

Craig – Eu penso que há muitas coisas que não podem ser provadas cientificamente, mas que somos todos racionais em aceitar. Deixe-me listar cinco:

a) Verdades lógicas e matemáticas não podem ser provadas pela ciência. A ciência pressupõe a lógica e a matemática, então tentar prová-las pela ciência seria argumentar em círculos.
b) Verdades metafísicas. Por exemplo: que há outras mentes além da minha, ou que o mundo externo é real, ou que o passado não foi criado há cinco minutos atrás aparentando ser velho, são crenças que não podem ser provadas cientificamente.

c) Crenças étnicas sobre declarações de valor. Elas não são acessíveis pelo método científico. Você não pode provar, pela ciência, que os nazistas nos campos de concentração fizeram algo mau, em contraste com os cientistas das democracias ocidentais.

d) Julgamentos estéticos. Eles não podem ser avaliados pelo método científico, pois o belo, assim como o bom, não pode ser provado cientificamente.

e) A própria ciência. Este é o caso mais notável, pois a ciência não pode ser justificada pelo método científico. A ciência é permeada por suposições que não podem ser provadas. Por exemplo: na teoria especial da relatividade, a teoria toda depende da suposição de que a velocidade da luz é constante entre quaisquer pontos A e B, mas isso estritamente não pode ser provado. Nós apenas temos que supor isso para manter a teoria. Então, nenhuma destas crenças pode ser provada cientificamente, mas são aceitas por todos nós, e somos racionais em fazê-lo.[4]

Então, não vejo motivo racional para exigir-se prova científica para tudo, quando tu não tens provas científicas de que são necessárias provas científicas para provar toda qualquer assercção.

2 - CIÊNCIA NEM SEMPRE É CONFIÁVEL

 Parece não ter explicação naturalista a atitude de ateus, pois têm o costume de pôr a ciência no lugar deles e insinuar que ela é contra qualquer forma de religião. Bem, primeiro é que a ciência não é um método absoluto de se buscar a verdade. Exemplo disso é a origem do homem. Antes do projecto genomas humano, os cientistas diziam que o homem da África descendia de um primata e do da Ásia de outro e assim por diante. O progecto genoma humano mostrou a falsidade de tal assercção. Ainda podemos falar da cronologia evolucionista que sempre afirmou que os dinossauros não conviveram com os mamíferos, quando na verdade, o registo fóssil desmentiu tal ideia.

O professor e paleontólogo Francis Simmons Holmes, fundador do Museu de História Natural do Charleston College, que falou sobre a grande quantidade e variedade de formas de vida encontradas nas mesmas camadas, em relatório apresentado à Academy of Natural Sciences referente à sua pesquisa no cemitério fóssil de Ashkey Beds (Carolina do Sul). Ele disse: “Vestígios de porco selvagem, cavalos e outros animais de datação recente encontram-se misturados com ossos humanos, mastodontes e lagartos gigantes extintos” [5]

Os largatos extintos aí mencionados são os dinossauros. Podemos também falar do Celacanto, espécie que por muito tempo foi considerada como extinta pela deusa ciência (é mais coerente dizer cientistas), posteriormente viu-se qua tal ideia está falsa. Sobre isso, o Físico e Catedrático Adauto Lourenço diz:

“Até meados da década de 30 do século passado, acreditava-se que o celacanto era um elo intermediário entre os peixes e os anfíbios. Os fósseis encontrados foram datados como sendo de 360 milhões de anos. Acreditava-se também que o celacanto havia sido extinto a cerca de 65 milhões de anos. Em 1938, Marjorie Eileen Doris Courtenay-Latimer apresentou o primeiro espécime de celacanto vivo (Latimeria chalumnae). Em 1952, um segundo espécime vivo foi apresentado. Atualmente o celacanto tem sido estudado por entidades como o Conservation International Indonesian Marine Program. Ele não apresentou nenhum traço de evolução nestes últimos 360 milhões de anos (segundo a datação evolucionista)! [6]

Então, a ciência vem sempre mudando suas asserções, razão pela qual diz-se que nenhuma teoria científica é irrefutável.

3 - CIÊNCIA FOI DESENVOLVIDA POR CRENTES

“Foi com Roger Bacon (1214-1292) e Francis Bacon (1561-1626) que a ideia de método científico foi começando a surgir. O primeiro, um frade franciscano, cientista e estudioso inglês, buscava o fim da aceitação cega de certas ideias bastante divulgadas, como as de Aristóteles que, apesar de valiosas, eram tidas como fatos, mesmo sem provas. Ele foi o primeiro a defender a experimentação como fonte de conhecimento e um dos responsáveis pela base do empirismo.” [7]

Bem, é quem foi Roger Bacon? A história responde: “Franciscano, químico, físico, matemático, filósofo, teólogo e astrólogo inglês, nascido em Ilchester, Somerset, um dos mais talentosos pensadores britânicos, pioneiro da busca do conhecimento pela prática experimental e conhecido como o Doctor Mirabilis (Admirável doutor).”
Isso por si só, mostra que quando os crentes usam a ciência, fazem uso do que lhes é próprio. Vejamos mais alguns exemplos!

Robert Boyle (1627-1691) foi um físico e químico irlandês, considerado um dos fundadores da Química.

Celebrizou-se como autor da Lei de Boyle, fórmula matemática que exprime como os gases se comportam sob pressão. Dedicou-se ao estudo do latim, grego, hebraico e siríaco, o que lhe permitiu, mais tarde, fazer extensos estudos da Bíblia nas línguas originais. [8]

Bem, temos mais um crente que para além de fazer estudos profundos da Bíblia em seus originais, é tudo como Pai da Química moderna. Dele é a seguinte frase:

“Ao conhecermos as obras de Deus, nós o conhecemos também".

Que tal falar de Isaac Newton? Quem foi ele afinal? Ateu? Não, Isaac Newton foi um astrônomo, alquimista, filósofo natural, teólogo e cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático. Sua obra, Princípios Matemáticos da Filosofia Natural é considerada uma das mais influentes na história da ciência. > Wikipédia
Seus trabalhos sobre a formulação das três leis do movimento levou à lei da gravitação universal, a composição da luz branca conduziram à moderna física óptica, na matemática ele lançou os fundamentos do cálculo infinitesimal.

“Isaac Newton, quem diria, era um religioso fanático, obcecado por experiências místicas. E esse lado oculto foi essencial para ele se tornar o pai da ciência moderna. O homem que descobriu a gravidade e as leis do movimento, criou a ótica e reinventou a matemática também legou à humanidade receitas para transformar metais em ouro, remédios feitos com centopéias e uma lista de pecados que costumava anotar em seus cadernos. Passou a vida estudando a Bíblia para prever quando Jesus voltaria à Terra.” [9]

Saber isso dói tanto aos ateu, de tal modo que se refugiam da verdade dizendo que eles eram crentes por medo da religião, pois o catolicismo matava os cientistas na inquisição. Nada é mais falso. E sobre isso pode ser lido aqui https://logosapologetica.com/a-igreja-catolica-queimou-cientistas/. Esquecer que a inquisição era contra Heresias leva à cometer tais erros. Bem, vamos prosseguir...

4 - HÁ QUANTO TEMPO TEMPO O HOMEM HABITA NA TERRA ? 

Embora já citamos algumas fábulas ditas por cientistas anteriormente, vamos nos apegar ao tempo em que o homem já está na terra. Quanto seria? Segundo nos informaram Piter e Paul Lanlod, A população mundial actualmente está na casa dos 6 à 7 biliões de indivíduos. A taxa de crescimento está em torno de 2%. Por esta taxa, levaria cerca de 1100 anos para se atingir à actual população, desde o tempo do dilúvio. E, é claro, temos de levar em conta as pessoas que morreram durante esses anos, o que faria mais um pouco o tempo para atingir à actual população. Se o homem estivesse aqui na terra há 1 milhão de anos ou coisa assim, como os evolucionistas sugerem, a população deveria ser de cerca de 10 elevado à 8600. Isso significa 10 seguido de 8600 zeros, um número absurdo. Levando à peito a cronologia evolucionista, teríamos de pressupor que a taxa de crescimento populacional foi de 0,002%. Mas isso cria um grande problema, pois significaria que um número inimaginável de pessoas viveu e morreu durante o último milhão de anos, mas não há qualquer evidência empírica disso, nem ossos nem nada. Então, se há uma fábula sendo contada, é a da cronologia evolucionista, não a Bíblia.

5 - FALÁCIA DA FALSA DICOTOMIA 

É uma falácia lógica essa tua posição. Se estudasse mais Filosofia, cometeria menos erros. Isso chama-se falácia da falsa dicotomia ou falso dualismo. Tu limitas as ou opções entre A e B quando ainda existe a opção C. A teoria biológica da evolução não é incompatível com o Teísmo cristão. Entre as opções A= Evolucionismo Naturalista, B= Criacionismo, ainda tem a opção C= Evolucionismo Teísta. É isso, foi demonstrado nas seguintes palavras deWilliam Lane Craig, PH.D., D. Theology:

“Barrow e Tipler, dois físicos, no livro "The Anthropic Cosmological Principle", listam 10 passos ao longo do curso da evolução humana, cada um tão improvável que antes de acontecer, o Sol deixaria sua fase principal de estrela e iria incinerar a Terra!

Por exemplo, eles calcularam que a probabilidade do genoma humano ter aparecido é algo entre 4 elevado a 180, elevado a 110.000 e 4 elevado a 360, elevado a 110.000!

Ou seja, se a evolução natural realmente ocorreu neste planeta foi literalmente um MILAGRE ! Logo, uma evidência para a existência de Deus !

Ele pôde colocar, nas condições iniciais do "Big Bang", toda sintonia necessária para permitir a evolução da vida inteligente.

A evolução naturalista não se sustenta frente a sua improbabilidade.

Mauro Garcia Hengo
_________________________________
REFERÊNCIAS
[1] Owen Flanagan, The Really Hard Problem.
[2] Disponível em: http://www.amazon.com/Monopolizing-Knowledge-IanHutchinson/dp/0983702306
[3] Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rAF2eiCb7HY#t=423
[4] Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=23ESrr_DObk
[5] Francis Simmons Holmes, The Phosphate Rocks o f South Carolina.
[6] Adauto Lourenço, Como Tudo Começou, p. 153.
[7] História do Método Científico, disponível em: https://www.proficiencia.org.br/?page_id=1616
[8] Biografia de Robert Boyle, disponível em: https://www.ebiografia.com/robert_boyle/
[9] Isaac Newton, Fé e Física, disponível em: https://www.google.com/amp/s/super.abril.com.br/ciencia/isaac-newton-fe-e-fisica/amp/

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020


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SÉRIE: MOTIVO RACIONAL PARA CRER EM DEUS

PARTE: III - ECONTRANDO O SER DE MÁXIMA EXCELÊNCIA


INTRODUÇÃO

Como vimos, Deus, ou pelo menos o conceito de Deus sempre esteve presente nos povos mais antigos do mundo. Vimos também que não só o conceito de Deus como também a visão monoteísta, a qual foi se corronpendo como Paulo realçou em Romanos 1.17-32. Todavia, deixamos algumas questões que precisamos responder. Nesta segunda parte, responderemos à estas questões e usaremos um argumento como prova da existência de Deus.

Deus é apenas fruto da ansiedade e do medo?
R: Penso que não! Fora da visão Bíblica, podemos dizer que Os povos antigos criam em Deus porque estavam maravilhados com as obras da criação, por esta causa, paulo disse que os atributos de Deus se compreendiam claramente pelas coisas criadas (Rm 1.20);


PERGUNTAS RESPONDIDAS

Mas o fascínio pela criação não levaria à falácia do Deus das lacunas?
R: Bem, a falácia do Deus das lacunas é bem diferente, ela seria mais ou menos assim: Não sei quem foi, logo foi Deus! Não é assim que Teístas raciocinam! O raciocínio Teísta é mais ou menos assim: Esta obra invoca um ser transcedental, este ser é o que chamamos de Deus! Em outras palavras, a crença em Deus estava baseada no conhecimento de que só Deus poderia ter criado tudo que existe, logo foi Deus!
 
Dentro da visão Bíblica, isso vai além de um simples fascínio pela criação, a crença em Deus se Deve ao facto de que somos descedentes de um só casal que criam em um único Deus. Com o passar das gerações, essa crença foi se pervertendo cada vez mais!

Mas e se a crença em Deus (dos povos antigos) fosse fruto do medo e uma falácia do Deus das lacunas?
R: Isso não prejudicaria o Teísmo em nada, pois não provaria que Deus não existe, mas apenas que os homens adquiriram a crença em Deus de modo não legítimo. Isso não passa de uma falácia genética! Imagine que eu tenha de alimentar uma galinha sempre as 12 horas. Se eu pusesse um chip no cérebro da galinha para que ela soubesse que as 12 horas tem de comer, isso não faria a crença da galinha errada embora ela só creria nisso porque eu teria posto um chip em seu cérebro!  Assim também, crer em Deus por causa de medo e muitas outras razões não legítimas (?), não faz com que Deus não exista!

Tendo deixado isso claro, usemos nossas habilidades intelectuais (Mt 22.37) para encontrar Deus, pois elas são poderosas em Deus. (IICo 10.4-5)


ARGUMENTO ONTOLÓGICO PARA A EXISTÊNCIA DE DEUS

Anselmo de Cantuário, havia formulado um argumento para a existência de Deus. Tal argumento foi apelidado de “Argumento Ontológico". O maior problema desse argumento, é que as pessoas dificilmente o entendem.

Eu, só vi Craig falando sobre o mesmo no livro “Ensaios Apologéticos", pois o mesmo afirmara que não gosta de usá-lo porque as pessoas nunca o entendem. Norman Geisler parece ser de acordo de que o argumento não prova a existência de Deus (Teologia Sistemática vol 1).

Quando usei tal argumento em um grupo de ateus, vi que eles passaram todo o tempo criticando e zombando do que não entendiam! Razão pela qual é necessário bastante atenção de sua parte para junto comigo encontrares O SER DE MÁXIMA EXCELÊNCIA!

Eis o argumento conforme foi actualizado por Alvin Plantinga:

1-É possível que um Ser de Excelência Máxima exista
2- Se é possível que um Ser de Excelência Máxima exista, então um Ser de Excelência máxima existe em algum mundo possível.
3-Se um Ser de Excelência Máxima existe em algum mundo possível, necessariamente existe em todos os mundos possíveis.
4-Se um Ser de Excelência Máxima existe em todos os mundos possíveis,  necessariamente existe no mundo real.
5-Se um Ser de Excelência Máxima existe no mundo real, necessariamente existe.
6-Logo DEUS existe!

No início pode parecer complicado, mas a única coisa que alguém que queira negar este argumento pode fazer é corregar o ónus da prova de mostrar que Deus é incoerente em qualquer mundo possível ou não entendê-lo! Fora disso, não há jeito de rejeitar o argumento!

Para entender o argumento, e necessário saber o que é um mundo possível! Mundo possível é nada mais que um mundo hipotético!

Uma vez que o que torna algo possível de existir são suas qualidades que não são logicamente incongruentes, o argumento ontológico demonstra que a possibilidade de Deus existir prova que Deus existe. Como Ser de Excelência Máxima, Deus não pode existir apenas em alguns mundos possíveis, mas em todos, inclusive o mundo real. Se Deus não existisse no mundo real, ele não seria o Ser de Excelência Máxima. Isso ocorre porque existir no mundo real é mais excelente que existir no mundo hipotético.

Se até aqui não percebeu, tem de ler alguma coisa sobre lógica - modal!


OBJECÇÕES

Os ateus têm objetado citando exemplos de Ilhas de máxima excelência, unicórnios de máxima excelência etc. Mas tais exemplos não fazem sentido porque um unicórnio ou ilha pode aumentar cada vez mais a sua excelência! Eles têm existência física o que os torna entes contigentes de acordo com a cosmologia do Big Bang, pois segundo a mesma o universo esteve em um estado de singularidade, onde um ente físico não pode existir. As suas existências físicas também os torna entes limitados ao espaço, o que significa que tudo que os ateus citam como entes de máxima excelência mais são físicos, não podem ser levado à sério porque entes físicos são limitados no espaço, o que o torna menos excelentes que os que não são limitados.

Outra forma de negar tal argumento é citando paradoxos como o da pedra, sendo que a onipotência é um atributo de Deus, se for demonstrado que ele é logicamente incoerente, não pode haver um Deus!

Assim, os ateus perguntam: Deus pode criar uma pedra tão pesada que não possa carregar? A resposta é: Não, porque tudo que ele cria ele levanta, e é isso que significa onipotência, a capacidade de realizar tudo que é logicamente possível! Assim, para negar a onipotência de Deus com o paradoxo da pedra, o ateu teria que dar sua propria definição de onipotência para os Teístas, o que não é possível!

Por outra, o paradoxo da pedra cai em quebra da Lei da Não-Contradição, porque se perguntarmos ao ateu qual deve ser o peso de uma pedra de tal modo que Deus não possa levantar, ele não saberá responder. Sendo que Deus é infinito, só uma pedra de peso infinito para que possa alcançar as forças de Deus. Todavia, uma pdra com peso infinito é contradição, pois pedra, é por definição algo finito espacial e temporalmente. Assim, eles querem que Deus crie uma pedra que não é uma pedra.
Para além disso, a propriedade de peso não se aplica ao Deus Cristão, pois nós temos em nossa teologia como pressuposto o Teísmo METAFÍSICO. Peso é para entes físicos, não metafísicos como Deus.

Pode um ser de máxima excelência criar seres imperfeitos? Salomão responde à isso dizendo: “Assim, cheguei a esta conclusão: Deus fez os homens justos, mas eles foram em busca de muitas intrigas." (Ec 7.29)

Assim, creio que na nossa busca pela existência de Deus, tivemos êxito ao encontrar O SER DE EXCELÊNCIA MÁXIMA!

Se quiser, pode refletir sobre uma outra versão do mesmo argumento:

Existir é maior que não existir.
Logo o maior ser (Deus) que pode ser concebido tem que existir.
Se Deus não existisse, ele não seria o maior ser que pode ser concebido.
Só que isso já iria contradizer a propria definição clássica de Deus!

Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus. Salmos 90.2

POR: MAURO GARCIA HENGO


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SÉRIE: MOTIVO RACIONAL PARA CRER EM DEUS

PARTE: II - A BUSCA PELA EXISTÊNCIA DE DEUS

Já é um facto sociológico, antropológico, arqueológico etc, que a existência de uma entidade suprema que criou tudo que existe, que merece reverência e que é digna de adoração é intrínseca à natureza humana. Em seu livro “As Provas Da Existência de Deus" Jefferson Magno nos diz: O teólogo holandês C. P. Tiele (1830-1902), no seu manual de História Comparada das Antigas Religiões diz que "a afirmação de povos ou tribos sem religião repousa ou em observações inexatas, ou numa confusão de idéias. Nunca se encontrou tribo ou nação que não acreditasse em um Ser superior; os viajantes que afirmaram o contrário foram depois desmentidos pelos fatos".
o renomado antropólogo Armando de Quatrefages (1810-1892) na 4- parte do seu livro A Espécie Humana afirma: "Obrigado pelo meu magistério a passar em revista todas as raças humanas, procurei o ateísmo entre as mais degradadas e as mais elevadas. Não o encontrei em lugar nenhum, a não ser no estado individual... O ateísmo só existe em estado errático. Tal o resultado de uma investigação que posso chamar conscienciosa, e que comecei muito antes de subir à cátedra de Antropologia."

Com essas duas frases, fica claro que o ateísmo é um vírus que se desenvolveu no seio da humanidade afim de distanciar cada vez mais o homem de seu criador. O ateísmo nunca foi fruto de investigações sérias, mas apenas fruto de orgulho e arrogância. É fruto do malígno intento de humanizar Deus e divinizar o homem, o homem tem de ser o centro de tudo. E não para por aí! O ateísmo também é o melhor meio que os homens acharam para legalizar suas práticas imorais¹ e não ter de prestar contas à Ninguém!


E sobre os tais, Paulo já escrevera em Romanos 1.17-32

Para nossa informação, as primeiras formas de Adoração que houve no mundo, foram monoteístas, e não ao contrário. Sobre isso, citemos mais uma vez Jefferson Magno :

“Fechamos este capítulo citando duas das orações deixadas pelos povos ou grupos primitivos. Elas são numerosas, e provam que a fé na existência de um Ser único e superior sempre existiu em todas as regiões da Terra. Essas orações foram recolhidas por missionários e antropólogos, que fizeram uso de métodos científicos de pesquisa sociológica moderna, e provaram exatamente o contrário do que muitos ateus afirmavam, ou seja: provaram que a idéia da existência de Deus sempre esteve presente na humanidade. Eis a oração dos algonquinos, um grupo muito antigo que viveu em algumas regiões da atual América do Norte: Pai, homem de cima,
nós te agradecemos
por nos permitires viver nesta terra.
Que nossos pensamentos e orações possam chegar até tua morada, no céu.
O Senhor, que reinas acima das montanhas,
das árvores e das águas,
nós te agradecemos por todas as coisas que nos deste:
os frutos, a caça, o peixe, a gordura do urso.
Foste bom para nós,
estamos contentes contigo.
Nós te agradecemos por sermos numerosos
e podermos nos reunir para te invocar.

Eis a oração deixada pelo antiquíssimo povo kasti-mumito, os primeiros habitantes da Polinésia (grupo de ilhas do Pacífico):

O Grande Espírito,
que te achas no azul central,
que moras acima das estrelas
que nunca morres,
que tens tua casa no sol,
nós te invocamos;
dá-nos a vida,
nós te invocamos;
dá-nos a água de que necessitamos.

Em outras palavras, não só o teísmo, como o monoteísmo tem sido pervertido pelo homem! Mas e agora? De onde vem este anseio da humanidade por Deus? Fiador Dostonyevisk dizia que há um vazio no coração do homem do tamanho de Deus. C.S. Lewis entendendo o mistério disse: “Eu descobri em mim mesmo desejos os quais nada nesta Terra pode satisfazer. A única explicação lógica é que eu fui feito para outro Mundo."

Para Fiador E Lewis, esse forte desejo do homem pela eternidade é uma forte evidência de que há um Ser sublime, por meio de quem tudo existe! Todavia, os ateus dizem que a crença em Deus na antiguidade era apenas fruto do medo, senso de estar sô e uma necessidade de cobrir lacunas que hoje foram cobridas pela ciência! Stephe Hawking chegou mesmo a dizer que a ciência provou que Deus é absolutamente desnecessário!

Mas será isso verdade? Deus é fruto do medo e do senso de estar só? É apenas algo que pessoas sem formação usam para explicar coisas que desconhecem? E se for, quais as implicações?

Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração. Tiago 4.8

Por: Mauro Garcia Hengo