quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

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PRIMADO PAPAL

       Na Igreja católica ou para a igreja católica sto Inácio de Antioquia (107) é considerado a primeira testemunha importante do primado de Roma. Em sua carta , um pouco antes de ser martirizado ali, dirigiu-se a mesma como a igreja que ocupa a primeira posição nos territórios de Roma.
       Entretanto, é surpreendente que essa seja a unica das clássicas carta de Inácio as sete igrejas do antigo mundo mediterrâneo aonde não há nenhuma referência de um bispo local.
       Isso da crédito a historiadores e teólogos de que a estrutura *monoepiscopal* do governo da igreja (isto é , uma diocese tendo um só bispo como chefe pastoral) tinha sequer chegado a Roma até meados do século I, como afirma o historiador catolico Eamon Duffy
       “Para começar, na verdade, não havia 'papa', nem bispo como tal, pois a igreja em Roma foi lenta a desenvolver o cargo de presbítero ou bispo chefe... Clemente não fez nenhuma reivindicação de escrever como bispo... Não há nenhuma maneira de definir uma data em que o cargo de bispo dirigente surgiu em Roma... mas o processo estava certamente completo pelo tempo de Aniceto, em meados dos anos 150” (Duffy, Eamon. Saints & Sinners: A History of the Popes, 2nd ed. Yale University Press, London, 2001, pp. 9, 10,13).
       Seria no entanto estranho se roma não fosse escolhida como sede da Igreja primitiva pois foi em Roma o Martírio dos Apóstolos , e politicamente era o centro do império Romano.
       Aos poucos Roma emergiu como um tribunal eclesiástico , e passou a decidir demandas das igrejas do antigo mundo que não conseguiam decidir suas demandas e disputas entre si.
       Por exemplo nas demandas com o gnosticismo , heresia cristã notavelmente maligna, que negava a plena divindade de Jesus por estar ele em forma humana , os defensores da ortodoxia apelaram para a fé das sés episcopais fundadas pelos Apóstolos, em especial a fé da igreja Romana por causa da sua estreia ligação com Paulo.
       Entretanto , a correlação entre Pedro e o Bispo de Roma só se tornou inteiramente explícita no pontificado de Leão I (também conhecido como Leão Magno) em meados do século V (440-461). Leão insistiu que Pedro continuava a falar a toda a Igreja por intermédio do Bispo de Roma. Foi ele que de forma decisiva interveio nas grandes controvérsias cristológicas, e em carta, ou *Tomo*, a Flaviano , Patriarca de Constantinopla , em 449, forneceu a base para a formulação da fé no concílio de Calcedônia, dois anos mais tarde.
       Com o grande Cisma entre o oriente e o ocidente 1054 , o formato do papado mudou de maneira ainda mais significativa. Antes da divisão, era visto primordialmente como patriarca de Roma, ao lado dos patriarcas de Constantinopla, Antioquia, Alexandria e Jerusalém. Depois da divisão, porém, juntaram se o múnos patriarcal romano e o múnos papal. O múnos patriarcal foi totalmente absorvido pelo poder do papado. Aos olhos dos cristãos orientais, o cristianismo ocidental tornou-se , assim a igreja papal , isto é,a igreja que se relaciona de modo tão predominante com a sé de Roma que a autonomia pastoral da igreja e seus bispos é quase nula.
       Seguindo essa longa e complexa história , o segundo concílio ecumênico de Lião , em 1274, proclamou para a igreja Romana " a suprema e total primazia sobre a Igreja católica universal".
       Todavia , isso não quer dizer que a evolução da doutrina do primado papal tenha avançado em linha direta e sucessiva como se alega , em correlação com a igreja primitiva, portanto o modelo do papado hoje nada tem do molde Apostólico da igreja primitiva.
       Antes do segundo milênio e do pontificado de Gregório VII, em especial (1073-1085), os papas exerciam principalmente o papel de mediadores.
       Não reivindicavam para si o titulo de" vigário de Cristo". Não nomeavam Bispos. Não governavam a igreja universal por meio da cúria Romana. Não impunham, nem obrigavam o celibato clerical . Não escreviam encíclicas e nem autorizavam catecismos a para a igreja toda. Não retinham só para si o poder de canonização. E nem se viam como juízes , prova disso foi a convocação dos grandes concílios doutrinários de Niceia(325) Constantinopla (381), Éfeso (431) e calcedônia (451).


texto retirado do livro os papas pontificado de Pedro há João Paulo II

https://books.google.com/books?id=_d0unSVjXpcC&pg=PA405&dq=papas+pontificado&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjq0bnOms_RAhVFC5AKHcpbA4QQ6AEIQDAH

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